sábado, 23 de março de 2013

HISTÓRIA DO TRADICIONALISMO GAÚCHO




TRADICIONALISMO GAÚCHO

A história do Tradicionalismo nos leva ao tempo em que o primeiro Gaúcho foi obrigado a deixar a campanha para viver na cidade, dando assim continuidade a tradição.
Esse gaúcho teve saudade do seu cavalo, da liberdade sem fim dos campos, da vida campeira, do chimarrão e do churrasco, Então, mesmo na cidade, ele continuou a comer churrasco e tomar mate, a usar expressões, ditados e palavras que aprendera na Campanha. Fez versos e poesias falando com amor nos usos e costumes campeiros, assim surgindo escritores, poetas; tudo isso era tradição, mas não ainda Tradicionalismo.

Foi em 1894 que o uruguaio Elias Regules, com outros companheiros, fundou em Montevidéu uma associação que recebeu o nome de “La Criolla” para defender os valores que o homem uruguaio receberá do gaúcho e que estavam ameaçados de desaparecimento diante dos modernismos e da invasão de culturas estrangeiras na época. ”La Criolla” foi então o primeiro marco do Tradicionalismo.

Em Porto Alegre, o major do Exército João Cezimbra Jacques, nascido em Santa Maria, estudioso com conhecimentos profundos sobre o trabalho diversões e costumes do Gaúcho Rio-Grandense, tomou conhecimento do feito do uruguaio Elias Regules, se interessou e com auxilio de outros estudiosos da causa, fundaram em 1898 na cidade de Porto Alegre, o Grêmio Gaúcho.

Depois deste outras entidades similares surgiram em outras cidades, mas até que alguns alunos do Colégio Júlio de Castilhos e Rosário, de Porto Alegre, resolveram escoltar a cavalo pelas ruas da capital os restos mortais do general David Canabarro, que estavam sendo transladados de Santana do Livramento. Os rapazes eram de várias cidades gaúchas, gente da Campanha, que em Porto Alegre sentia saudade dos pagos e nas horas vagas recitavam versos dos poetas regionalistas e tocavam violão.

Em 24 de abril de 1948, no porão da residência da família Simch, na Rua Duque de Caxias, eles fundaram o “35” Centro de Tradições Gaúchas. Assim surge o primeiro Centro de Tradições Gaúchas do Rio Grande do Sul. Entre os fundadores estavam: Glaucus Saraiva, Barbosa Lessa, Paixão Cortes, Ciro Dutra Ferreira, Flávio ramos, flavio Damm, mario vieira, cândido da Silvia Neto, Laerte Vieira Simch e Waldomiro Souza, o único com mais de 20 anos.

G. Saraiva criou a estrutura interna do “35” CTG em termos campeiros: o presidente foi nomeado de “Patrão” o vice ficou “Capataz”, o secretário “Sotacapataz”, diretores de departamentos “Posteiros”, o responsável pelo galpão “Peão Caseiro”, o orador : “Agregado das Falas”, o mestre de cerimônias “Agregado das Pilchas”. Também foram criados departamentos internos nomeados “Invernadas”: Invernada Mirim, Invernada Social, Invernada Cultural, Invernada Artística entre outras. Assumiu como primeiro Patrão Glaucus Saraiva e como Patrão de Honras Paixão Cortes.
Uma visita do “35” CTG ao Uruguai após presenciar apresentações folclóricas de danças da associação nativista “El Pericón” sentiram a necessidade da pesquisa folclórica , sendo assim Barbosa Lessa e Paixão.

Cortes visitando os mais longínquos rincões do Estado, conversando entre os mais velhos habitantes começaram a reconhecer e a registrar danças, cantigas e musicas que pareciam a muito tempo sepultadas no esquecimento.
Essas danças gaúchas são as que todos os CTG’s reinterpretam até hoje em festas tradicionalistas e festivais estaduais de tradição gaúcha.
Com a migração gaúcha a outros estados brasileiros, a cultura também migrou, assim surgindo CTG’s em outros estados como Santa Catarina, Paraná posteriormente em São Paulo, Rio de Janeiro, Mato Grosso. Com o surgimento de CTG’s nestes estados surgiu à necessidade da criação de “MTG Estaduais” dividindo assim o estado a qual pertence em “Regiões Tradicionalistas” aos mesmos moldes dos do Rio Grande do Sul. Hoje o Tradicionalismo Gaúcho está entre os três movimentos sócio-culturais mais disseminados do mundo, há registro de entidades na Europa, Estados Unidos e Japão.


Entidades: CTG, MTG e Confederações

ESTRUTURA DO CENTRO DE TRADIÇÕES GAÚCHAS (CTG)

Define-se: Centro de Tradição Gaúcha – CTG como uma sociedade civil, de fins não econômicos, com número ilimitado de sócios e estruturada quanto ao simbolismo, de acordo com a forma adotada nas origens do movimento tradicionalista gaúcho, tem como finalidade a aplicação em seu âmbito associativo e na sua área de influência. De acordo com este simbolismo, a estrutura administrativa dos Centros de Tradições Gaúchas obedece à seguinte nomenclatura: A Diretoria, o Conselho e os

Departamentos que são designados, respectivamente, por: Patronagem, Conselho de Vaqueanos e Invernadas.

Os membros da Patronagem (Diretoria) denominam-se: 

Patrão (Presidente) 
Capataz (Vice-Presidente) 
Sota-Capataz (Secretário) 
Agregado das Pilchas (Tesoureiro) 
Agregado das Falas (Orador) 
Os diretores das Invernadas são chamados Posteiros Os conselheiros chamam-se Vaqueanos

Os sócios efetivos do sexo masculino são denominados Peões e do feminino: Prendas.
As reuniões dos CTG’s denominam-se simbolicamente de:
Charla – Reunião administrativa, especialmente da Patronagem, mas poderá ser aplicadas também as do Conselho de Vaqueanos;
Chimarrão – Reunião de confraternização dos sócios entre si e destes com a Patronagem, que faz uma prestação de contas, informa e dá esclarecimento sobre o andamento das atividades do C.T.G.;

Chimarrão Festivo – Reunião na forma da alínea anterior, porém acrescida de atividades artístico-culturais, com a participação de convidados especiais ou abertas ao público;
Ronda – Vigília cívica levada a efeito diariamente, durante as comemorações da Semana Farroupilha, nos locais onde arde a Chama Crioula, complementada, geralmente, com apresentações artísticas e culturais;
Fandango – Baile animado com música regional gauchesca, em que somente participam das danças pessoas tipicamente trajadas com vestimenta gaúcha;
Lida – Reunião de trabalho que pode ser geral ou abranger determinados setores como Secretaria, Tesouraria ou Invernada. As excursões oficiais dos Centros de Tradições Gaúchas são designadas por Tropeadas.
A pessoa encarregada de zelar pela conservação e manutenção das dependências do C.T.G. é o Peão Caseiro que, se for remunerado, não poderá fazer parte dos órgãos diretivos da entidade.


MOVIMENTO TRADICIONALISTA GAÚCHO (MTG)

Defini-se Movimento Tradicionalista Gaúcho – MTG como uma sociedade civil, sem fins lucrativos, constituindo-se na Federação dos Centros de Tradições Gaúchas – CTG’s e entidades afins, localizados no território estadual a qual esta entidade de cume estadual representa.

O MTG tem por objetivo congregar os CTG’s, Piquetes e entidades afins e preservar o núcleo da formação gaúcha e a filosofia do movimento tradicionalista, decorrente da sua Carta de Princípios e expressa nas decisões dos Congressos Tradicionalistas. Compete, ainda, ao MTG, preservar as expressões "Movimento Tradicionalista Gaúcho" e "Centro de Tradições Gaúchas", bem como as siglas "MTG" e "CTG", evitando o uso inadequado das mesmas e a sua utilização na denominação de entidades não identificadas com os objetivos do Movimento Tradicionalista Gaúcho.

Fonte:

Referências
Campeirismo Gaúcho - MTG-RG – Cyro Drutra
Tudo Sobre Cavalos - Martins Fontes
ABC das Danças Gaúchas de Salão - Martins Livreiro – Clovos Rocha
ABC do Tradicionalismo Gaúcho de Salão - Martins Livreiro – Salvador
Ferrando Lamberty
Manual de Danças Tradicionais Gaúchas – MTG-RG – março 2003
Caderno de Estudo de Prendas - José Camilo Pegoraro
Rio Grande do Sul | Paisagens, Cultura e Arte – Antonio Bellini
Fogão Campeiro - Martins Livreiro – Carlos Castillo
Pagina do Gaúcho - http://www.paginadogaucho.com.br
Portal do Gaúcho – Http://www.portaldogaucho.com.br
Movimento Tradicionalista do Rio Grande do SUL – http://www.mtg.org
Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha – http://www.cbtg.com.br
Governo do Estado do Paraná - http://www.cidadao.pr.gov.br/
Governo do Estado do Rio Grande do Sul - http://www.estado.rs.gov.br/
Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha - http://www.cbtg.com.br/
Caderno de Estudo CTG Meu Pago - http://www.ctgmeupago.com.br/



CONHEÇA A GEOGRAFIA DO SUL DO BRASIL



 Os estados que formam a região sul do Brasil são Paraná, Santa Catarina, Rio Grande do Sul e suas capitais são respectivamente, Curitiba, Florianópolis e Porto Alegre.
 A área total da região sul é de 577.723 km2
 Os Países que fazem limite com a região sul são Paraguai, Argentina e Uruguai.
 Os dois estados que fazem limite com a região sul são Mato Grosso do Sul e São Paulo.
 O estado do Paraná esta limitado à nordeste por São Paulo, à Noroeste por Mato Grosso do Sul, à oeste por Paraguai, à sudoeste por Argentina, à sul por Santa Catarina e à leste pelo Oceano Atlântico.
 O estado de Santa Catarina esta limitado à norte pelo Paraná, à sul por Rio Grande do Sul, à leste pelo Oceano Atlântico e à oeste pela Argentina.
 O estado do Rio Grande do Sul esta limitado à norte por Santa Catarina, à sul por Uruguai, à leste pelo Oceano Atlântico e à oeste pela Argentina.
 A vegetação das regiões sul do Brasil teve importante papel na criação de gado.
 Os tipos básicos de vegetação da região sul são: Mata das Araucárias e Campos.
 O tipo de vegetação da campanha gaúcha é a vegetação de campo.
 A expansão da pecuária no sul possibilitou o surgimento de muitas cidades pois, para conseguir agrupar o gado os tropeiros organizavam as estâncias e ao redor destas, com o passar do tempo surgiram povoações que mais tarde tornaram-se cidades como é o exemplo de Cruz Alta, Vacaria, São José do Norte entre outras.
 A ocupação da região sul pela imigração estrangeira começou em meados do século XVlll (1751) com os açorianos, por volta de 1824 com os alemães e 1875 com os italianos, além de ucranianos e poloneses. Estes vieram para povoar e proporcionar o desenvolvimento da região, além de serem atraídos pelas propostas do governo que facilitava a entrada de povos estrangeiros, terras de boa qualidade e clima parecido com o da Europa.
 A maior hidrelétrica do mundo é a Itaipu e esta localizada no rio Paraná.
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 Os principais portos marítimos da região sul são Paranaguá, Imbituba, Laguna, Antonina, Rio Grande.
 Os principais produtos exportados pelo porto de Paranaguá são soja, milho e trigo.
 O clima predominante na região sul é o subtropical e a cidade que é considerada a mais fria dessa região é São Joaquim no estado de Santa Catarina.
 Os grandes latifúndios de criação de gado localizados no Rio Grande do Sul são chamados de estâncias.
 A atividade econômica mais antiga e tradicional da campanha gaúcha é a criação de gado.
 Os principais fatores que influenciaram o grande desenvolvimento da região sul foram o clima, os rios para produção de energia elétrica e o solo muito fértil.
 O principal relevo da região sul é o planalto tendo como linha divisória a Serra do Mar e a Serra geral, planície litorânea e rio-grandense.
 O estado do Paraná esta dividido em três planaltos, são eles: 1 Planalto ou de Curitiba, 2 Planalto ou de Ponta Grossa e 3 Planalto ou de Guarapuava.
 O arroio que se localiza no extremo do Rio Grande do Sul é o Extremo Arroio Chuí.
 São denominadas coxilhas as pequenas e contínuas elevações espalhadas na campanha gaúcha.
 Algumas serras localizadas no estado do Paraná são: Serra do Mar, Serra de São Luiz e Serra da Esperança.
 Santa Tecla, São Miguel e Presídio Jesus-Maria-José foram os três fortes instalados por Portugal na região Sul para assegurar a posse das terras.
 A agropecuária é a atividade econômica mais favorecida devido ao clima na região sul.
 As bacias hidrográficas que formam os rios da região sul são: Bacia do Rio Paraná, Bacia Atlântica, Bacia do Sudeste, Bacia do Noroeste.
 Na região sul temos algumas cidades onde tem ocorrência de neve, são elas: São Joaquim, Gramado, Canela, Palmas.
 Os rios que separam Santa Catarina e Rio Grande do Sul são: Rio Pelotas e Rio Uruguai.
 Os rios que separam Paraná e São Paulo são: rio Paranapanema e Itararé.
 O rio que separa Paraná e Santa Catarina é o Rio Iguaçu.
 O rio que separa Rio Grande do Sul da Argentina é o rio Uruguai.
 O rio que serve de divisa entre o estado do Paraná e o Paraguai é o rio Paraná
 O rio que serve de divisa entre o estado do Paraná e a Argentina é o rio Iguaçu.
 Os rios que servem de divisa entre o estado do Rio Grande do Sul e o Uruguai são: rio Quaraí e Jaguarão.
 Londrina e Maringá são as cidades mais populosas do norte do Paraná.
 Antonina, Paranaguá e Guaratuba são algumas das cidades localizadas no litoral paranaense.
 Piçarras, Camboriú, Florianópolis e Laguna são algumas cidades situadas no litoral catarinense.
 Cidreira, Rio Grande, Torres e Tramandaí são algumas cidades localizadas no litoral gaúcho.
 Os principais imigrantes que se instalaram no Paraná foram os italianos, alemães e eslavos, no Rio Grande do Sul foram os italianos, alemães e poloneses, em Santa Catarina foram os italianos e alemães.
 As missões que compunham os Sete Povos são: São Nicolau, São Miguel, São Francisco de Borja, São Luiz Gonzaga, São Lourenço, São Joao Batista e Santo Ângelo.
 Carvão-de-pedra, xisto, calcário, cobre e pedras preciosas são os principais produtos do extrativismo mineral da região sul.
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 Bento Gonçalves, Garibaldi e Caxias do Sul são algumas das cidades gaúchas produtoras de vinho.
 As cidades catarinenses que se destacam na produção de aves são Concórdia e Chapecó.
 As cidades catarinenses que se destacam na produção de maçã são Freiburgo e Videira.
 Vacaria, Dom Pedrito, São Borja e Uruguaiana são as cidades gaúchas que mais se destacam na criação de gado.
 O Rio Grande do Sul é o maior produtor de erva mate da região sul.
 As cidades catarinenses que se destacam na produção de carvão são Criciúma e Tubarão.
 A cidade paranaense que se destaca na produção de xisto é São Mateus do Sul.
 Os principais pontos turísticos do Paraná são: Cataratas do Iguaçu, Itaipu Binacional, Vila Velha e Litoral.
 Os principais rios que formam a bacia do Paraná são: rio Paraná, rio Paranapanema, rio Ivaí, rio Piquiri e rio Iguaçu.
 O Rio Grande do Sul é dividido em 11 regiões, algumas delas são: Campanha, Alto Uruguai, Campos de Cima da Serra, Litoral, Missões, Depressão Central.
 A área total do lago de Itaipu é de 1.350 km2
 O rio que banha Porto Alegre é chamado de Rio Guaíba.
 Os símbolos especiais do estado do Paraná são: Bandeira, escudo, hino.
 Os pontos extremos do Rio Grande do Sul são: Arroio Chuí, confluência do Rio Paperi-gaçu com Rio Uruguai ao norte, embocadura do rio Bompitube com o Oceano Atlântico ao leste e Barra do Quaraí a oeste.
 Mato Grosso e Paraná são os maiores produtores de soja do Brasil.
 O país que faz divisa ao mesmo tempo com Paraná, Santa Catarina e Rio Grande do Sul é a Argentina.
 O ponto mais alto do estado do Paraná é o Pico Paraná com 1922 metros de altitude.
 Os ciclos econômicos do Paraná foram: ouro, tropeirismo, erva-mate, madeira, café, policultura, agropecuária e industrialização.


Fonte:

Referências
Campeirismo Gaúcho - MTG-RG – Cyro Drutra
Tudo Sobre Cavalos - Martins Fontes
ABC das Danças Gaúchas de Salão - Martins Livreiro – Clovos Rocha
ABC do Tradicionalismo Gaúcho de Salão - Martins Livreiro – Salvador
Ferrando Lamberty
Manual de Danças Tradicionais Gaúchas – MTG-RG – março 2003
Caderno de Estudo de Prendas - José Camilo Pegoraro
Rio Grande do Sul | Paisagens, Cultura e Arte – Antonio Bellini
Fogão Campeiro - Martins Livreiro – Carlos Castillo
Pagina do Gaúcho - http://www.paginadogaucho.com.br
Portal do Gaúcho – Http://www.portaldogaucho.com.br
Movimento Tradicionalista do Rio Grande do SUL – http://www.mtg.org
Confederação Brasileira da Tradição Gaúcha – http://www.cbtg.com.br
Governo do Estado do Paraná - http://www.cidadao.pr.gov.br/
Governo do Estado do Rio Grande do Sul - http://www.estado.rs.gov.br/
Confederação Brasileira de Tradição Gaúcha - http://www.cbtg.com.br/
Caderno de Estudo CTG Meu Pago - http://www.ctgmeupago.com.br/

sexta-feira, 22 de março de 2013

Dicionário Gaúcho letra A


A
ABERTA, s. Clareira.
ABICHORNADO, adj. Aborrecido, triste, desanimado, vexado, envergonhado, acovardado, aniquilado, magoado, acabrunhado, macambúzio, abatido.
ABOLETAR-SE, v. Instalar-se. Ocupar, indevidamente, determinado lugar.
ABOMBADO, adj. Cansado e ofegante por efeito de trabalho em dia de calor.
ABRIR OS PANOS, expr. Fugir, ir embora, abrir-se.
ACALCANHADO, adj. Gasto pelo uso, acabado, envelhecido.
ACOLHERADO, adj. Unido o animal a outro pela colhera. || Andar uma pessoa acolherada com outra, significa andar uma pessoa sempre junto de outra.
ACOLHERAR, v. Unir dois animais por meio de uma pequena guasca ammarada ao pescoço.
AÇOUTA-CAVALO, s. Árvore da família das Tiliáceas.
ACROCAR, v. Acocorar-se, pôr-se de cócoras.
ACUAR, v. Acoar, latir, ladrar.
AFAMILHADO, adj. O mesmo que afamiliado.
AFAMILIADO, adj. Que tem família.
AFERVENTAR, v. Apressar, importunar.
AFICIONADO, s. O que tem propensão e gosto para uma arte, jogo ou esporte.
AFIVELAR, v. Contratar, ajustar, firmar, acertar.
ÁFRICA, s. Façanha, proeza.
AFROXAR, v. Afrouxar. Fraquejar, entregar-se, dar-se por vencido.
AGACHADA, s. Arremetida, investida, repente, ataque brusco, alardeio, prosa, jactância, vanglória, astúcia, ardil, esperteza, remoque, façanha, proeza.
AGACHAR-SE, v. Começar, subitamente, a fazer alguma coisa. Dar início, principiar. Dispor-se. Lançar-se. Atirar-se. "A mula agachou-se a velhaquear".
AGALHAS, s. Velhacaria, trampolinice, parlapatice, fanfarrice.
AGREGADO, s. Pessoa pobre que se estabelece em terras alheias, com autorização do respectivo dono, sem pagar arrendamento, mas com determinadas obrigações.
AGUACHADO, adj. Diz-se do cavalo que, por ter permanecido solto no campo durante longo período de tempo, está muito gordo, pesado, barrigudo, impróprio para trabalho forçado imediato.
AGUADA, s. Lugar utilizado pelos animais para beberem água. Bebedouro.
AGUAPÉ, s. Planta aquática encontrada principalmente em água parada.
AGUAXADO, adj. O mesmo que aguachado.
AGÜENTAR O REPUXO, expr. Mostrar-se corajoso, enfrentar situação difícil, revidar um insulto.
AGÜENTE, s. Resistência física.
AJOUJO, s. Tira de couro cru com a qual se unem, dois a dois, pelos chifres, que são furados, nas extremidades, para esse fim, os bois da carreta ou do arado.
AJUTÓRIO, s. Prestação de ajuda a alguém para a realização de qualquer trabalho.
A LA CRIA, expr. Ao Deus dará, à aventura. Foi-se a la cria, significa foi-se embora, foi-se ao deus-dará, caiu no mundo, foi-se de escapada, fugiu.
A LA FRESCA, interj. Exprime admiração, espanto, surpresa, descrença.
ALARIFAÇO, s. e adj. Aumentativo de alarife.
ALARIFAGEM, s. Ação de alarife. Qualidade do alarife. Proeza do alarife. Esperteza, velhacagem, trapaça.
ALARIFE, s. e adj. Vivo, esperto, finório, velhaco, perspicaz, atilado, desordeiro, venta-furada, ventana, trapaceiro.
ALBARDÃO, s. Faixa de terra entre lagunas, banhados ou charcos. (Do esp.).
ALÇADO, adj. Diz-se do gado que vive no bravio, no campo ou no mato, esquivando-se ao custeio.
ALÇAR, v. Fazer com que o cavalo levante a cabeça, por ação das rédeas.
ALCATRA, s. Anca do boi ou da vaca; parte da rês constituída dos ossos da bacia acompanhados da respectiva carne.
ALCE, s. Folga, trégua, descanso.
ALDRAGANTE, adj. Vagabundo, tratante.
ALIMAL, s. Deturpação de animal, de largo emprego entre os habitantes da campanha, e usado, principalmente, para significar o cavalo.
ALMA PENADA, s. Assombração.
ALVOROTAR-SE, v. Assustar-se, agitar-se.
AMADRINHAR, v. Exercer a função de amadrinhador. Acompanhar o domador, montado em cavalo manso, para evitar que o potro enverede por lugares perigosos. || Acostumar os cavalos ou os muares a se manterem juntos, acompanhando um cavalar, em geral uma égua mansa, denominada égua-madrinha, à qual se amarra um sincerro ao pescoço.
AMAGAR, v. Levar o cavaleiro o corpo para a frente a fim de acompanhar o impulso do cavalo.
AMANONCIAR, v. Amansar um cavalo sem o montar. Domesticar um animal, tirar-lhe as manhas, por meios brandos, sem o molestar. Fazer carinhos com as mãos nos potros que estão sendo domados a fim de tirar-lhes as cócegas.
AMANUNCIAR, v. O mesmo que amanonciar.
AMARGO, s. Mate chimarrão, mate amargo, mate sem açucar. É bebida usada em todo o Estado do Rio Grande do Sul.
AMARTILHAR, v. Emartilhar, engatilhar, martilhar.
AMBICIONEIRO, adj. Ambicioso.
AMILHADO, adj. Diz-se do animal tratado com milho.
ANCA, s. Quarto traseiro dos quadrúpedes. Garupa do cavalo. O traseiro do vacum.
ANDANTE, s. Viajante, transeunte.
ANGU, s. Pirão de farinha de milho. || Fig.: mexerico, intriga, confusão, barulho, arranca-rabo.
ANIMALADA, s. Tropa de animais cavalares.
ANSIM, adv. Corrupção de assim.
ANTA, s. adj. Pessoa interesseira, experta, , fingida, falsa, mendaz, sabida, que de tudo procura tirar vantagens.
ANU, s. Nome de uma dança dos bailes campestres do Rio Grande do Sul. Nesta dança de pois de feita a roda.
APADRINHAR, v. Acostumar um animal com outros. || Interceder por alguém.
APARTAR, v. Escolher, separar, animais que se encontram juntos e que terão destinos diferentes.
APEIAR, v. Apear, descer do cavalo, desmontar.
APERADO, adj. Ricamente ajaezado, encilhado com esmero (o cavalo). || Bem vestida, a pessoa.
APEROS, s. Arreios. Preparos necessários para encilhar o animal. As partes dos arreios que servem para o governo, segurança e ornamento do cavalo: rédeas, cabeçada, cabresto, buçal, peitoral, rabicho, maneia, etc. Preparos, jaez.
APERREADO, adj. Emagrecido, enfraquecido, enfezado, tristonho, acovardado, abatido, aborrecido, fatigado, triste, pensativo, enclenque.
APINHADO, s. Aglomeração, aglomerado, porção de coisas muito juntas.
APLASTADO, adj. Cansado, abatido, esmorecido, fatigado, desanimado. Diz-se do animal e, p. ext., das pessoas.
APLASTAR, v. Tornar aplastado. Tirar as forças. Cansar, abombar, abater, desanimar.
APLASTRADO, adj. Abombado, aplastado.
APOJO, s. O leite mais gordo extraído da vaca após a segunda apojadura.
APORREADO, s. e adj. Cavalo mal domado, indomável, que não se deixa amansar. Aplica-se também, p. ext., ao homem rebelde.
APORREAR, v. Domar o cavalo de modo incorreto, de forma a deixá-lo velhaco, cheio de manhas, ou rebelde ao ponto de não se deixar mais amansar.
APOTRAR-SE, v. Adquirir jeito de potro. Tornar-se o cavalo semelhante ao potro, por falta de custeio. || Por extensão, aplica-se às pessoas, com o significado de portar-se mal, tornar-se xucro, zangado, grosseiro.
APRUMAR-SE, v. Melhorar a sorte, de negócios, de saúde, de fortuna. Endireitar-se, arranjar-se. Pôr-se de pé.
APURADO, adl. Apressado, impaciente.
APURAR, v. Apressar, acelerar a marcha.
APURO, s. Pressa, azáfama.
AQUERENCIADO, adj. Diz-se do animal acostumado a viver em determinado lugar, ou em companhia de outros animais. || Também aplica-se às pessoas.
ARISCO, adj. Diz-se do gado esquivo, xucro, assustado, que não se deixa apanhar facilmente.
ARMADA, s. Laçada corrediça que se faz com o laço quando se pretende atirá-lo para proteger a rês.
ARPISTA, adj. Ariso, desconfiado, prevenido, assustadiço. O mesmo que alpista.
ARRANCADA, s. Ato de arrancar. Saída violenta. Primeiro ímpeto. Movimento inesperado.
ARRANCHAMENTO, s. Rancho, choça, casebre, moradia de campo, com todas as suas dependências, como sejam, galpões, currais, mangueiras, lavouras, etc.
ARRANCO, s. Ato do cavalo iniciar a carreira.
ARRASTO, s. Transporte de toras de madeiras, em carreta, em zorra, ou de arrasto.
ARREGANHADO, adj. Diz-do cavalo ou muar que, em tempo de calor intenso, depois de marcha muito forçada, tendo bebido pouca água, é atacado por uma espécie de espasmo, caracterizado pela contração dos maxilares e das narinas, o qual o impossibilita de continuar a viagem ou o trabalho em que estiver sendo utilizado.
ARREGANHAR, v. Ficar o cavalo, por excesso de serviço, por passar sem beber por longo tempo, em dias de calor intenso.
ARREGLADO, adj. Combinado, estabelecido, composto, ajustado, concertado, posto em ordem.
ARREGLAR, v. Combinar, estabelecer, ajustar.
ARREGLO, s. Ato de arreglar. Arranjo, combinação, ajuste de negócio (em geral não muito lícito). Trato, convênio, concessão num negócio.
ARREIOS, s. Conjunto de peças com que se arreia um cavalo para montar.
ARREMATAR, v.Dar o último toque, concluir, terminar. || Cansar, estafar.
ARRENDAR, v. Fazer o redomão odecer ao governo das rédeas, ainda com bocal, antes de usar o freio.
ARRIAR, v. Ceder por medo. Afrouxar.
ARRIBA, v. Favor. Viver de arriba é o mesmo que viver à custa de outrem, viver sem pagar, ter tudo de graça, de favor.
ARRINCONAR, v. Arrincoar, acampar, acantonar. O mesmo que enrinconar e rinconar.
ARROLHAR, v. Confundir, intimar o adversário, derrotá-lo antes de chegar às vias de fato. || Reunir animais em um grupo que ocupe uma espécie de circo pequeno ou roda.
ARROUCADO, adj. Enrouquecido.
ARUÁ, adj. Apuava, puava, fuá. Diz-se do cavalo espantadiço, quebra, indócil, desconfiado, que não se deixa apanhar facilmente. || Usa-se como substantivo para significar indivíduo brigão, valentão, puava.
ASPA, s. Chifre, corno, ponta, guampa.
ASPA-TORTA, s. Indivíduo turbulento, desordeiro, ventana, quebra, puava.
ASSINALAR, v. Praticar, na orelha ou nas orelhas de um animal, recortes determinados que permitem identificar seu proprietário.
ASSOLEADO, adj. Diz-se do animal cansado por ter andado muito no sol. Acovardado pela canícula.Meio abombado. Assonsado.
ASSUNTAR, v. Pensar, matutar, pesquisar, descobrir, escogitar, conversar, tentar negócio.
ATADO, adj. Indeciso, amarrado, sem iniciativa.
ATALHAR O CAMINHO, expr. Ir pelo caminho mais curto.
ATAR, v. O mesmo que amarrar. Ajustar, contratar, unir, vincular, conchavar, expor, redigir com nexo.
ATARANTAR-SE, v. Estontear-se, confundir-se.
ATILHAR, v. Prender com atilho.
ATIRAR O FREIO, expr. Estar o cavalo, quando montado e andando, alegre, escarceando, querendo ir para frente.
ATORAR, v. Cortar, torar. || Utilizar atalho para encurtar caminho.
ATROPELAR, v. Aligeirar, andar depressa, apressar, investir, enxotar.
AVEXAR-SE, v. Molestar, perseguir, envergonhar.
AVIOS, s. Conjunto de objetos indispensáveis para determinado fim.
AVIOS DE MATE, s. Objetos necessários para fazer ou tomar mate: cuia, bomba e erva.
AZONZADO, adj. Meio zonzo, meio tonto, apalermado, abobalhado.
AZULEGO, adj. Diz-se do animal cavalar de pêlo oveiro, de pintas miudinhas brancas e pretas, que de longe parece azul. É um pêlo muito raro.

quinta-feira, 14 de março de 2013

APRENDA A FAZER ARROZ CARRETEIRO


ARROZ CARRETEIRO
ARROZ CARRETEIRO
A origem do Arroz de Carreteiro, ou arroz carreteiro, está nas carreteadas pelos pampas do Rio Grande do Sul, desde os primórdios da civilização, e que prestaram papéis relevantes ao nosso folclore. Um fiambre, contendo charque, tinha presença na mochila do carreteiro. Era o alimento prático mais adequado para vencer a carreira das distâncias.Apesar das grandes contribuições das carreteadas, muito superadas pela tecnologia moderna, foi a Culinária Gaúcha que herdou seu maior legado o Arroz de Carreteiro.

Ingredientes

  • 200g de charque 4 colheres (sopa) de Óleo
  • 5 dentes de alho picados
  • 1 cebola grande picada
  • 4 tomates picados
  • 3 pimentões picados
  • 350g de arroz sal a gosto

Modo de Preparo

  1.  1 - Leve ao fogo uma panela com água até ferver. Adicione a carne e deixe por meia hora.
  2. 2 - Retire do fogo, escorra a água e corte a carne em pedaços pequenos. Em uma panela, aqueça o óleo, junte o alho, a cebola, o tomate e o pimentão. Deixe cozinhar por cerca de 8 minutos, mexendo de vez em quando.
  3. 3 - Em seguida, junte o arroz, um pouco de água fervente e deixe cozinhar por 15 a 20 minutos. Adicione sal, se necessário.


Curiosidades
Carne Seca, Carne de Sol e Charque. Qual a Diferença?
A diferença reside basicamente na técnica de preparo. Todas são feitas com carne bovina, sendo que a carne de sol, depois de cortada, é ligeiramente salgada e deixada em locais cobertos e bem ventilados. Como exige um clima muito seco, o preparo da carne de sol só é possível nas regiões semi-áridas do Nordeste. A secagem é rápida, formando uma espécie de casca protetora que conserva a parte de dentro da carne úmida e macia.
Dos três tipos de carne desidratada, é a que cozinha com maior rapidez.
Já a carne seca, também conhecida como carne-de-vento, carne-do-sertão, carne-do-Ceará, carne-do-Sul, ou jabá (do tupi yaba ou jabau, que significa fugir, esconder-se), é esfregada com mais sal e empilhada em lugares secos. As "mantas" de carne são constantemente mudadas de posição, para facilitar a evaporação. Em seguida elas são estendidas em varais, ao sol, até completar a desidratação.
O charque, típico da região Sul do Brasil (o nome vem do dialeto quíchua xarqui, língua dos índios que habitavam a região dos Andes), é preparado de modo similar ao da carne seca. O diferencial está na maior quantidade de sal e de exposição ao sol ao qual o charque é submetido, o que lhe garante uma maior durabilidade.

FONTE: Sadia/SOUGAUCHO

RECEITA DE AMBROSIA DE MARACUJÁ


AMBROSIA DE MARACUJÁ
AMBROSIA DE MARACUJÁ

Estou com um regalo aqui para deixar o gaúcho valentão calminho calminho é aquela receita de ambrosia de maracujá, imagina que depois daquela xepa usando as nossasreceitas, tu faz uma ambrosia de maracujá já que este tem propriedades para acalmar ate os mais guapos.


Ingredientes

  • ½ Xícaras (chá) de suco de maracujá concentrado
  • 3 Xícaras (chá) bem cheias de açúcar
  • Coco ralado levemente tostado para decorar
  • 1 vidro pequeno de leite de coco
  • 750 ml de leite
  • 6 ovos

Modo de Preparo

  1. 1 - Reservar o coco ralado e bater todos os ingredientes no liqüidificador.
  2. 2 - Levar ao fogo em panela com capacidade para 3 litros (durante a fervura, a mistura cresce e espuma), mexendo até talhar.
  3. 3 - Pare de mexer, reduzir o fogo e deixar apurar até engrossar a calda que fica separada do doce (cerca de 30 minutos). 
  4. 4 - Deixar na panela até esfriar. 
  5. 5 - Após, levar à geladeira e servir em compoteira ou taças individuais, polvilhando com o coco.


    Via: www.sougaucho.com.br