Foto: blog pithanpilchas
I - XERGÃO ou BAIXEIRO: de lã natural. II - CARONA: de sola, de couro cru ou lona em ambos os lados. A carona pode ser forrada em couro ou feltro. III - ARREIOS: bastos, lombilhos, serigotes-cela ou serigote, com as basteiras de couro ou feltro. IV - TRAVESSÃO e LÁTEGOS: de couro cru ou sola. V - BARRIGUEIRA do TRAVESSÃO – de algodão, seda (sem tingi mento), crina ou couro torcido, com as tramas em algodão ou couro. Podendo ter algum detalhe colorido nas tramas junto às argolas. VI - PELEGO ou “COCHONILHO”: branco, preto marrom, sempre natural, ou seja, sem tingi mento. VII - BADANA: de uso opcional. Quando usada sempre em couro. VIII - SOBRE-CINCHA e LÁTEGOS: de couro cru ou sola. IX - BARRIGUEIRA da SOBRE-CINCHA: de algodão, seda (sem tingi mento), crina ou couro torcido, com as tramas em seda ou couro. Podendo ter algum detalhe colorido nas tramas junto as argolas. X - LAÇO: de couro cru, não podendo ser emborrachado ou ainda revestido com fitas plásticas, podendo ser pintado, nas cores preta, marrom ou vernis/esmalte incolor, desde que se visualize o desenho da trança. XI - MANGO; de couro cru. Com adornos em prata, metal ou chifre, com cabo de madeira, revestido de couro ou não, trançado (rabo de tatu), com ou sem argola e com tala de, no mínimo 5cm de largura por 30cm de comprimento, deverá ser usado sempre no pulso. XII - LOROS: de couro cru ou sola, não podendo ter nenhum tipo de reforço que não seja destes dois materiais. XIII - ESTRIBOS: de ferro, inoxidável, latão, bronze, prata, alpaca, osso ou chifre, podendo ser retovados de couro. XIV - CORDAS DE CABEÇA: deverão ser de couro. XV - RÉDEAS: deverão ser de couro, lã, crina ou algodão, sem nenhum tipo de reforço interno que não seja destes materiais, nas cores, branca, preta ou marrom (cores naturais da lã), as de algodão, deverão ser na cor natural (sem tingimento). Vedado o uso de rédeas de couro de cabrito (Paraíba) que tem fio de nylon interno. XVI - O BUÇAL c/CABRESTO, PEITEIRA e RABICHO: são de uso opcional, porém quando usados deverão respeitar as características das cordas mencionadas acima.
Fonte: Diretrizes MTG
LENÇO
O uso do lenço à cabeça procede da Península Ibérica.
Os bandeirantes usaram lenço à cabeça, bem como os gaúchos e os
índios minuanos. Estes usavam um lenço dobrado passado ao redor da
cabeça.
O termo vincha não foi mencionado na área brasileira. Entre os
castelhanos, era uma cinta, faixa de tecido “pampa”, tira de couro, ou um
lenço dobrado com que os “índios e paisanos” sujeitavam os cabelos.
Atualmente, só usam a “vincha” os domadores.
O lenço ao pescoço é de introdução européia e de uso em vários
países sul-americanos: Bolívia, Argentina, Uruguai e Brasil.
Há vários tipos de nós, havendo alguns de simbolismo político, como
o Republicano composto de dois topes e uma “rapadura” ao centro
(vermelho 1835).
No anuário do Rio Grande do Sul de Graciano de Azambuja (1892
pág.160), há informes sobre o nó republicano. Sua colocação, a do lenço
à cabeça é explicada por Augusto Meyer: “... o engenhoso laço feito com
as pontas de grande lenço vermelho, que recobre a cabeça, caindo em
pontas sobre as costas, e com as outras pontas atava-se um complicado
nó de gravata pendendo sobre o peito”.
Paixão Côrtes em “O Gaúcho, Danças, Trajes, Artesanato” faz descrição minuciosa sobre os diferentes nós de lenços. Os mais conhecidos
são: nó de correr ou de namorado, nó de três galhos, rapadura, nó
republicano, nó de ginete, nó comum.
Quanto às cores, houve tempo em que elas significavam partidos
políticos:
• Chimango (ala radical do Partido Liberal no I e II Impérios) cor
branco.
• Maragato (partidários do parlamentarismo defendido por Gaspar
Silveira Martins - Revolução Federalista de 1893, posteriormente Partido
Libertador) cor vermelha.
A origem da palavra Maragato vem do Uruguai; o chefe gasparista
Gumercindo Saraiva procedia do departamento de San José (da Banda Oriental), colonizado por espanhóis procedentes da Maragateria de Espanha.12
O lenço usado “a meia espádua”, imita a antiga charpa de uso na
Europa que, aqui no Brasil, foi utilizada pelos bandeirantes.
Os campeiros da região serrana do Estado do Rio Grande do Sul
usavam lenço como escoteiros com a ponta caída às costas. Não só de
uma cor lisa, mas também de xadrez miúdo.
É de uso comum entre gaúchos uma presilha em forma de anel
(muitas vezes a própria aliança), para prender o lenço, substituindo assim,
o nó. O material usado para isto varia: chifre, osso da canela de avestruz,
metal, couro, ouro e prata.
TIPOS DE NÓS DE LENÇO
Fonte: mtg